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Seminário “Diálogos com a Justiça – Direito à Saúde”
19/10/2017 - Gestor Geral
Imagem Carrossel

Nos dias 19 e 20 de outubro, a Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro (PGE-RJ) promoveu o Seminário “Diálogos com a Justiça – Direito à Saúde”. Confira abaixo a programação:

 

19/10

10h30 – 11h

CONFERÊNCIA DE ABERTURA
 

Gestão Pública da Saúde: Desafios e Soluções

ABERTURA

Leonardo Espíndola

Procurador-Geral do Estado (PGE-RJ)

Luiz Antonio Teixeira Júnior

Secretário de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES)

 

11h – 12h30

PAINEL I: Financiamento e gestão das políticas públicas de saúde
 

Jane Reis Gonçalves Pereira

Juíza Federal (TRF-2)

Daniel Ribeiro

Promotor de Justiça (MPE-RJ)

 

12h30 – 14h

Intervalo para almoço

 

14h – 15h30

PAINEL II: Judicialização e Meios Extrajudiciais de resolução de Litígios de Saúde
 

José Carlos Maldonado de Carvalho

Desembargador (TJ-RJ)

José Luiz Souza de Moraes

Procurador do Estado (PGE-SP)

 

20/10

10h – 11h30

PAINEL III: Divisão de Competências em Saúde e a Responsabilidade dos Entes Federativos
 

Maria Paula Gouvêa Galhardo

Juíza de Direito (TJ-RJ)

Cyro Grynberg

Procurador do Estado (PGE-RJ)

 

11h30 – 13h

PAINEL IV: O Poder Judiciário e as políticas públicas de saúde: quando a intervenção judicial é legítima
 

Guilherme Calmon Nogueira da Câmara

Desembargador (TRF-2)

Rodrigo Mascarenhas

Procurador do Estado (PGE-RJ)

 

Coordenação Científica:

Bruno Terra de Moraes

 

Seminário debate transparência e judicialização na saúde pública

A transparência e o controle das políticas públicas na área da saúde e a questão da judicialização foram debatidas no painel “Financiamento e gestão das políticas públicas de saúde”, durante o seminário Diálogos com a Justiça – Direito à Saúde, no dia 19/10/2017.

A mesa, presidida pelo Procurador do Estado Bruno Terra, contou com a participação do Promotor Daniel Ribeiro, titular da 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Saúde da Capital, e da juíza federal Jane Reis Gonçalves Pereira.

Daniel Ribeiro defendeu a utilização da teoria de motivos determinantes, “que oferece um referencial de controle em torno dos dados fáticos do problema e da solução proposta, mas também dos resultados esperados”. Ele explicou que “são políticas públicas baseadas em evidências e que há necessidade de transparência e controle”.

Segundo o Promotor, “a avaliação de impactos de decisões pode ser cruzada com outro elemento, que é o monitoramento do conhecimento de dados abertos que a tecnologia da informação pode trazer em tempo real para que essas escolhas sejam avaliadas e comunicadas”. Sobre a gestão das unidades de saúde, disse que “todas têm que ser transparentes e a sociedade precisar ter acesso aos dados.”

Já a juíza Jane Reis Gonçalves Pereira, afirmou que “não há como se pensar no financiamento da saúde sem pensar em justiça fiscal”. Ela defendeu a atuação do Judiciário, principalmente na defesa dos interesses de grupos com menor poder de pressão política. Em resposta às críticas sobre a excessiva judicialização da saúde, citou a questão dos medicamentos antirretrovirais no início da epidemia de HIV e, mais recentemente, as cirurgias de transgenitalização, que após muita discussão judicial foi incorporada aos procedimentos do SUS.

No entanto, disse que não devemos nos prender a dogmas. “Nem o Judiciário vai ser a panaceia para resolver o problema da má distribuição de recursos, nem se pode admitir que o Judiciário em situação alguma vai ser o locus apropriado para fazer avançar agendas que não tem chance de avançar na dinâmica da política ordinária”.
 

Confira como foi o segundo dia do Seminário "Diálogos com a Justiça - Direito à Saúde":

Confira como foi o primeiro dia do Seminário "Diálogos com a Justiça - Direito à Saúde":